TECNOLOGIA

Sistema de vigilância por satélite fez empresa do agro evitar 168 incêndios

De acordo com a BrasilAgro, plataforma emite alertas quando fogo é detectado em propriedades vizinhas

canavial - cana-de-açúcar - herbicidas
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

A utilização de uma plataforma de vigilância por satélite teria permitido que a empresa BrasilAgro evitasse 168 incêndios em suas fazendas entre maio e dezembro do ano passado.

A tecnologia emite alertas quando o fogo é detectado em propriedades vizinhas.

“Por meio de um sensor de temperatura, o satélite identifica o foco inicial do incêndio, gera um alerta e toda a nossa equipe é, imediatamente, avisada”, afirma em nota o gerente de operações da BrasilAgro, Luiz Otávio Longo.

De acordo com a empresa, cada vez que um novo alerta chega aos celulares, tablets ou computadores da BrasilAgro, uma equipe de brigadistas é mobilizada e direcionada ao local.

Para garantir essa eficiência de prevenção e combate ao incêndio, a companhia informou ter dobrado a força de brigada em algumas propriedades. “É o caso da São José, no Maranhão, fazendo com que apenas dois focos atingissem nossas lavouras neste ano, impactando 20 hectares apenas”, afirma.

Na safra passada, a BrasilAgro enfrentou incêndios nessa fazenda que afetaram cerca de 4 mil hectares de cana-de-açúcar. A empresa dedicou 33 mil hectares à cultura na safra 2023/24, cerca de 14% da área total.

“Nosso objetivo agora é inserir câmeras de monitoramento nas lavouras para tornar esta vigilância ainda mais eficiente, além de manter a rede de vigilância coletiva com os vizinhos, que também ajuda muito”, diz Longo.

A BrasilAgro também implantou kits de combate automático a incêndio nas máquinas que atuam dentro do canavial. O sistema tem um dispositivo eletrônico que aciona um extintor quando detecta fogo no motor.

“Além de garantir qualidade na produção, esses investimentos em tecnologia e equipes de combate a incêndio também garantem maior sustentabilidade, já que nossas equipes também ajudam a prevenir ocorrências com fogo em áreas vizinhas, como parques e áreas de proteção”, informa a gerente de saúde, segurança e meio ambiente da BrasilAgro, Liana Machado Gama.