Antes do Fed (16h) e do Copom (18h30), tem água para rolar nos mercados. Na China, em meio aos receios de que a crise imobiliária comprometa o ritmo de crescimento do PIB, o PMI industrial veio em linha com o previsto, mas seguiu em território de contração. Em NY, sai hoje a pesquisa ADP de empregos no setor privado em janeiro (10h15) e o mercado repercute a frustração com os balanços divulgados ontem, depois do fechamento. Aqui, Santander solta seu resultado trimestral antes da abertura dos negócios.
No mais, é esperar pela coletiva de Powell (16h30) e pelo comunicado do Copom. A expectativa consolidada é que o Fed vai manter o juro no intervalo de 5,25% a 5,50% e que o Copom vai dar mais um corte da Selic de meio ponto, para 11,25%. Aqui e nos EUA, são os próximos passos que interessam.
Tem quem não descarte que o FOMC deixe para derrubar o juro só no segundo semestre, diante da força exibida pelo mercado de trabalho, que poderá ser confirmada ou contestada pelo payroll de janeiro, na 6ªF.
Apesar de a economia americana vir confirmando um processo de desinflação, a chance de o juro cair mais cedo vem sendo esvaziada por dados ainda fortes do emprego e da atividade. Em paralelo, não são poucos os Fed boys que têm operado as expectativas contra uma ação antecipada.
HADDAD – Em declarações aos jornalistas, Haddad disse que o BC está com a agenda “relativamente contratada” para a reunião de hoje e que, mais importante, pode ser a sinalização de queda dos juros americanos pelo Fomc (ou por Powell).
Segundo o ministro, se for confirmada a expectativa do primeiro corte no primeiro semestre, isso pode ajudar o Copom a atingir uma taxa terminal da taxa Selic mais baixa do que se projeta atualmente, em torno de 9%.
A LUTA CONTINUA, COMPANHEIRO – Matéria do Estadão diz que a equipe econômica criou um “plano de guerra” de curto prazo para reduzir ao máximo o bloqueio no Orçamento. Para reduzir o contingenciamento no relatório de receitas e despesas, em março, a ideia é acelerar a entrada de arrecadação nova no caixa da União e cortar gastos com o combate a fraudes, principalmente na Previdência.
SOCORRO ÀS AÉREAS E AGRO – Em meio ao pedido de recuperação judicial da Gol e às passagens caras, o governo discute uma ajuda ao setor, mas Mercadante já avisou que o BNDES não tem como emprestar sem garantias. Carlos Fávaro (Agricultura) informou que o BNDES vai ampliar os recursos para o setor do agronegócio e que um anúncio oficial está sendo preparado para 6ªF.
MAIS AGENDA – Único destaque entre os indicadores aqui é a Pnad (9h). Nos EUA, o relatório de emprego da ADP deve apontar a criação de 145 mil vagas no setor privado em janeiro. Às 11h45, sai o PMI medido pelo ISM de Chicago e os estoques de petróleo do DoE (12h30). Na Alemanha, sai a leitura preliminar de janeiro da inflação do CPI (10h). Além de Santander, Boeing e Mastercard divulgam os seus balanços trimestrais antes da abertura.
CHINA HOJE – O PMI industrial oficial subiu de 49,0 em dezembro para 49,2 em janeiro, dentro da expectativa. Apesar da alta, o resultado abaixo de 50 pontos indica que a atividade econômica continua em contração. Já o PMI de serviços avançou para 50,7 em janeiro, ante 50,4 em dezembro. O número permaneceu em território de expansão e veio levemente acima das expectativas dos analistas, que previam 50,6.