Juro cai na China; reoneração volta à pauta

A China promoveu um corte recorde no juro longo ontem à noite para apoiar o setor imobiliário, mas frustrou a expectativa de uma queda também na taxa curta. Na primeira reação, no pregão asiático, o minério caía quase 2,5% na madrugada, com o investidor ressentido de estímulos mais fortes por Pequim. NY volta do feriado sem agenda, à espera da ata do Fed, amanhã, em meio às apostas sobre o início do ciclo de corte do juro.

Aqui, o Focus foi adiado para 5ªF, porque os servidores do BC vão parar por 48h. Em dia fraco de indicadores, só tem a prévia do IGP-M (8h). Os balanços da Gerdau, Telefônica (Vivo) e Iguatemi saem após o fechamento. O foco se desloca para Brasília, onde Lula reúne líderes e ministros (9h) para discutir a pauta do Congresso e define a reoneração com Haddad (16h).

O líder Randolfe Rodrigues esteve reunido com o ministro da Fazenda e saiu do encontro dizendo que a intenção de reoneração gradual das empresas a partir de 1º de abril está descartada. A volta da cobrança de tributos sobre 17 setores da economia se daria só no ano que vem, segundo ele.

Ainda Haddad admitiu que o prazo será rediscutido, apesar de advertir sobre a forte renúncia fiscal (R$ 12 bi) se a medida não for aplicada este ano. Randolfe disse haver acordo para o trecho da reoneração tramitar por projeto de lei em regime de urgência e não mais pela MP. O fatiamento só estaria dependendo da palavra final de Lula.

Quanto ao Perse, alvo de embate entre o empresariado e a equipe econômica, tudo indica que o governo federal não vai abrir mão de extinguir o programa emergencial do setor de eventos, apesar das pressões.