O clima de verão, com muita umidade no ar e calor, continua predominando no Brasil. Dessa forma, nuvens carregadas crescem sobre quase todo o país e provocam fortes pancadas de chuva, com muitos raios.
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A chuva foi forte na capital paulista e acumulou mais de 50 milímetros em apenas duas horas na última terça-feira (5). Cidades do interior de São Paulo também tiveram volumes de quase 100 milímetros, como foi o caso de São Simão, no noroeste do estado.
Uma frente fria avançou pelo litoral da região Sul e chegou a São Paulo causando temporais. Nas próximas 48 horas, o sistema avança pelo Rio de Janeiro e chega ao Espírito Santo, aumentando o risco de temporais nesses estados e também em Minas Gerais.
O ar frio de origem polar que veio junto com essa frente fria avançou sobre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, causando queda de temperatura e afastando as nuvens carregadas.
Nesta quinta-feira (7), a circulação de ventos e a entrada de umidade ainda deixam o tempo mais instável desde o oeste do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul, com chance de alguns temporais localizados. Não chove no sul e leste de Santa Catarina, mas a região do Vale do Itajaí ainda pode receber chuva fraca. O tempo fica firme na serra, litoral, sudoeste e sul gaúchos, assim como na região de Porto Alegre.
No Sudeste, a quinta-feira segue com instabilidades em boa parte da região, em função da circulação de ventos, do calor e da umidade, além da infiltração marítima em áreas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Há condição de chuva a qualquer momento no litoral norte paulista, na região dos Lagos e no sul de Minas. Existe chance de volumes altos de chuva no noroeste mineiro e no oeste e norte paulista, mas nessas áreas as pancadas acontecem de maneira irregular.
Já no Centro-Oeste, o calor, a umidade e a circulação de ventos favorecem a formação de nuvens carregadas. No Distrito Federal e nas áreas mais centrais de Mato Grosso, as pancadas podem começar pela manhã, intercalando períodos de melhoria até a noite, quando há risco de temporais localizados. Chove forte no sul e leste de Mato Grosso do Sul.
No Nordeste, a situação fica mais tranquila no sul da Bahia, onde a chuva acontece de maneira passageira apenas no litoral. A zona de convergência intertropical (ZCIT) aumenta as condições de chuva na costa norte e leste do Nordeste, com previsão de pancadas fortes de São Luís (MA) a Fortaleza (CE), e do Rio Grande do Norte a Sergipe.
“Parte do litoral deve ter esse volume acumulado expressivo e as áreas do sertão nordestino vão ter chuva isolada a partir do período da tarde”, diz o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
No Norte, a chuva continua sendo persistente e pode acontecer a qualquer momento do dia. O volume acumulado deve ser elevado no Acre, onde já foi declarada situação de emergência. Boa parte de Roraima deve receber esse alto volume acumulado, assim como o Amapá.
“O outono começa no próximo dia 20 de março, às 00h06, pelo horário de Brasília, e a estação ainda vai ter chuva acima da média, pelo menos inicialmente, nas regiões Norte e Nordeste, com um corte antecipado para o Brasil central, o que pode ser um problema para o milho segunda safra”, diz Muller.
Segundo o meteorologista, por esta razão é importante acelerar o plantio. “O frio também vai chegar antecipado, por volta da segunda quinzena de abril em algumas áreas do Centro-Sul do Brasil”, afirma ele.