A Cocari, cooperativa agropecuária com sede em Mandaguari, norte do Paraná, captou R$ 100 milhões por meio da emissão de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) na modalidade barter.
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O FIDC é uma modalidade de aplicação coletiva que permite às empresas criar liquidez a partir de suas vendas a prazo.
Uma das vantagens do FIDC é que as empresas têm acesso direto aos investidores, sem intermediários, ampliando suas possibilidades de financiamento.
Este é também um modelo mais ágil e seguro para a empresa que busca investimentos. Outra vantagem é possuir encargos e custos operacionais menores do que outros modelos, além de exigir menos contrapartidas.
O vice-presidente da Cocari, João Carlos Obici, destaca a importância da operação. “O FIDC é uma forma de acessarmos novas fontes de investimentos, dando à Cocari uma nova oportunidade de crescimento. É um recurso imediato e que não endivida a cooperativa”, diz.
“É uma forma benéfica e eficaz para a Cocari diversificar fontes de investimento, a um custo menor do que de outras operações de crédito mais tradicionais. Tudo para que tenhamos sempre o melhor cenário para o cooperado”, complementa.
Pionerismo
A Cocari foi a primeira cooperativa do país a receber investimentos por meio de um FIDC na modalidade.
A operação de barter consiste no recebimento dos insumos necessários pelo produtor rural, como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas, com o pagamento sendo realizado futuramente, por meio da entrega do grão pós-colheita.
Todas as cotas da operação, que teve a Opea como gestora do fundo, foram adquiridas por um único investidor, o Banco BV.
“Estamos orgulhosos de ter participado desta operação, contribuindo para o desenvolvimento da cooperativa, que é referência na região sul do Brasil, com mais de 60 anos de história”, destacou o banco investidor, em nota nas redes sociais.