O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, garantiu que o Brasil não enfrenta risco de desabastecimento de arroz, mesmo diante das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal.
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Pretto informou que a colheita de arroz no Rio Grande do Sul está praticamente concluída, com apenas 17% da produção ainda no campo, dos quais 8% foram afetados pelas recentes enchentes. Ele destacou que, apesar dos contratempos, a previsão é de uma safra este ano entre 4,5% e 6% maior que a do ano anterior.
Estoques públicos de arroz e outras culturas
Como medida de precaução e para conter o aumento de preços, o governo autorizou a importação de 1 milhão de toneladas de arroz, principalmente do Mercosul. “O arroz, infelizmente, começou a subir de preço, aumentou para o consumidor e por isso é que o governo decidiu que nós vamos importar arroz, do Mercosul, especialmente, para garantir o abastecimento do produto para as periferias principalmente”, afirmou Pretto ao Jornal PT Brasil, da TvPT.
O presidente da Conab criticou a disseminação de notícias falsas sobre desabastecimento e alertou para os prejuízos sofridos pelos produtores gaúchos, tanto grandes quanto pequenos.
Pretto reforçou o retorno da política de estoques públicos de alimentos e a intenção de formar estoques de arroz, feijão e mandioca para garantir preços equilibrados aos consumidores. “Vamos voltar a fazer estoques públicos. Para se ter uma idéia, em 2007, no segundo governo do presidente Lula, a Conab tinha em seus armazéns 2 milhões de toneladas de arroz”, concluiu.