O custeio da safra de milho 2024/25 em Mato Grosso foi calculado em R$ 3.289,94 por hectare em abril, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal, com base em levantamento do projeto Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso (Acapa-MT). Segundo o Imea, o valor subiu 0,17% em relação a igual período da safra 2023/24.
O instituto observa, porém, que, quando analisado o insumo mais caro do custeio, os fertilizantes, houve queda de 23,61% em abril deste ano na comparação com a safra 2023/24, por causa da redução de preços do insumo.
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Com os adubos mais baratos, a participação de fertilizantes no custeio total caiu 10,49 pontos porcentuais na safra 2024/25, “mas ainda representa 37,7% do total”, diz.
Já a relação de troca entre o preço do milho da safra 2024/25 e a ureia fechou, em abril, em 67,96 sacas por tonelada, queda de 16,39 sacas por toneladas ante o ciclo 2023/24.
“Vale destacar que, apesar de o preço do milho ainda estar abaixo do que foi verificado em anos anteriores, a relação de troca está melhor do que a média dos últimos cinco anos”, diz o Imea.
Ainda para o instituto, o que deve continuar pautando a relação de troca nas próximas semanas é o comportamento do preço da ureia, “já que as cotações no Estado têm forte influência do mercado internacional”.
Processamento de soja
Mato Grosso esmagou volume recorde de soja em abril, com 1,13 milhão de toneladas, alta de 13,58% em relação a abril de 2023, informou Imea, em boletim semanal. Segundo o relatório, a demanda externa aquecida por derivados de soja, sobretudo o farelo, motivou o maior volume processado no mês passado. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, 4,26 milhões de toneladas de soja foram processadas em Mato Grosso, alta de 15,4% ante igual intervalo de 2023.
Segundo o Imea, porém, apesar do montante recorde esmagado em abril, a margem bruta das indústrias caiu 7,45% em relação a março deste ano e 48,67% ante abril de 2023. A queda na margem foi reflexo dos baixos preços pagos pelos derivados da oleaginosa. “Por fim, espera-se que o esmagamento do próximo mês continue aquecido, dada a maior demanda pelo farelo de soja”, diz o Imea, que espera também aumento na margem bruta da soja, com a valorização da cotação dos coprodutos.