O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou nesta terça-feira (11) que o leilão realizado na última semana para a compra de arroz importado será anulado, após suspeita de irregularidades.
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De acordo com nota emitida pela estatal, os mecanismos para a realização de leilão serão revistos pela Conab, com apoio da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) para assegurar “que as empresas participantes tenham a solidez que uma operação deste porte exige”.
“Nenhum centavo do dinheiro público foi gasto até agora. A segurança jurídica e o zelo com o dinheiro público são princípios inegociáveis. É isso que justifica a decisão tomada”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto, na nota.
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O resultado do leilão vinha sendo questionado pelo setor produtivo e pela bancada do agro no Congresso Nacional. Entidades vinculadas aos produtores sustentavam que a importação do grão sequer fosse necessária, pois a maior parte do arroz produzido pelo Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, teria sido colhida antes de o estado ter sido atingido pelas enchentes.
Posteriormente, já com o leilão realizado, foram colocadas sob suspeição as empresas que arremataram os lotes, que não teriam capital social compatível ao volume importado, além de ter atividades sem nenhuma relação com o mercado de cereais.
Parlamentares como o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) acreditam que há indícios de formação de cartel, o que justificaria a convocação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o leilão e a importação do arroz.
Procurado pela reportagem do Canal Rural, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que não colocou o cargo à disposição e, até o momento, tampouco havia sido exonerado do cargo.
