Realizado nesta terça-feira (11), no auditório do complexo Bahia Farm Show 2024, o fórum de abertura do Canal Rural foi um dos destaques da feira. O evento discutiu um dos temas mais importantes para agricultura e toda a sociedade do Matopiba: o Aquífero Urucuia.
O público pode acompanhar a transmissão para todo o Brasil pela TV e também pela internet, através do YouTube da emissora.
A gestão dos recursos hídricos do aquífero foi discutida com representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), além de produtores rurais.
Para o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Bahia Farm Show, Odacil Ranzi, a discussão é importante para a busca de conhecimento.
“É realmente hoje aqui no canal rural, no fórum da Bahia Farm Show, um tema muito palpitante e atual que é o nosso aquífero. Então, foi debatido durante duas horas com os técnicos, com o seu Julio Busato, que é especialista nessa área também. Agora, mês que vem, vai uma comitiva para Nebraska, nos Estados Unidos, em busca de mais conhecimento, de mais troca de ideias”, disse.
O aquífero
O Aquífero Urucuia, é essencial para o abastecimento das cidades e produção agrícola da região. De acordo com o Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco, o manancial é um dos mais importantes do Brasil, tem mais de 140 mil quilômetros de extensão e capacidade de até 600 metros cúbicos por hora de vazão.
Everardo Mantovani, consultor e professor sênior da UFV, falou sobre a gestão dos recursos e importância dos estudos e monitoramento.
De acordo com Mantovani, o segredo para uma gestão é o conhecimento: “Você precisa conhecer aquilo que você tem, então, esse estudo dedicou a conhecer como é o Aquífero Urucuia, como que ele se processa, quais são os volumes de água, qual é a recarga que ele tem anual em função das chuvas. A gente fez uma modelagem, ou seja, como a gente não vê o aquífero, você modela. Isso vai permitir que o Inema, órgão gestor, possa utilizar as informações para poder trabalhar uma melhor gestão e com isso trazer segurança para os produtores, para a sociedade e para os usuários”, explica.
Pela primeira vez apresentando o fórum, a jornalista, Carla Letícia, também ressaltou a busca pelo conhecimento dos produtores pelo assunto.
“Foram grandes especialistas, grandes instituições, órgãos gestores, que vieram debater o monitoramento desse aquífero, a gestão da água e a agricultura irrigada, que é super importante, uma demanda aqui da nossa região, do oeste da bahia. então, foi extremamente gratificante, eu estou muito feliz, principalmente por contribuir nessa programação”, disse.
Monitoramento
Para entender a relevância e tamanho do Aquífero Urucuia, redes de monitoramento foram criadas. trabalho considerado importante para uma melhor gestão do recurso que é crucial para toda a sociedade.
Antonio Martins, diretor de monitoramento ambiental do Inema, comenta que o tema “pode ser um grande vetor de conflito, mas, essencialmente, é um vetor da vida.”.
Nós temos uma equipe de monitoramento, uma rede de monitoramento, na verdade, com mais de 500 pontos espalhados em todo o estado.no caso específico aqui do Oeste, nas Bacias do Carinhanha, do Grande e do Corrente, nós temos 212 pontos que fazem monitoramento fluviométrico, pluviométrico, meteorológico e também hidrogeológico.
Antonio Martins, diretor de monitoramento ambiental do Inema.
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