Um plano emergencial foi montado para enfrentar o fungo Glomerella cingulata, que tem devastado plantações de uva no Circuito das Frutas Paulista. Em 2023, o fungo causou perdas de 30% a 100% da colheita devido às condições climáticas favoráveis.
Especialistas da Embrapa Territorial, Embrapa Uva e Vinho, prefeituras e o setor produtivo estão colaborando para controlar a podridão da uva madura. Amostras do patógeno serão analisadas no Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS). Ensaios serão realizados em propriedades selecionadas para ajustar práticas de controle.
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Renê Tomasetto, presidente da Associação Agrícola de Jundiaí, ressaltou que 2023 foi atípico, com chuvas acima da média favorecendo a proliferação do fungo. O analista da Embrapa, Rafael Mingoti, acredita que a união das instituições trará benefícios, como ajustes em tratamentos de inverno, adubação e controles biológico e químico.
O plano inclui visitas a propriedades para coletar amostras e testar a eficácia de medidas de controle. Lucas Garrido, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, enfatiza a importância de atuar em pelo menos duas safras para obter resultados eficazes.
Produtores locais, como Atalívio Rufino e Antônio Mingotte, relatam perdas significativas e a necessidade de novas medidas para combater a doença. A crise afeta não apenas a produção de uvas, mas também o turismo rural e eventos tradicionais, como a Festa da Uva em Jundiaí.
O conhecimento gerado pelos experimentos será transferido aos produtores em eventos organizados, ajudando a recuperar a confiança nas práticas agrícolas e a sustentabilidade do setor.