Mesmo após a publicação do decreto pelo governo federal, parlamentares e entidades do agronegócio se reuniram na segunda-feira (12) em uma audiência pública realizada na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O encontro teve como objetivo discutir as medidas de auxílio aos produtores do Rio Grande do Sul, afetados pelas enchentes de maio. A avaliação geral foi que as ações do governo federal, embora reconhecidas em alguns aspectos, são insuficientes para atender às necessidades dos produtores.
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Durante a audiência, a ausência de representantes da área econômica e da agricultura familiar do governo foi notada, e os participantes enfatizaram a necessidade de recursos mais amplos. O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) destacou a necessidade de recomposição do patrimônio dos produtores que perderam tudo nas enchentes, afirmando que a situação atual deixa o estado “de joelhos”.
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A produtora rural Luciane Agazzi, do município de Tapes, Rio Grande do Sul, compartilhou suas dificuldades, mencionando que, mesmo com o seguro agrícola, suas perdas não foram cobertas de maneira adequada, deixando-a com uma dívida significativa.
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) também considerou as medidas propostas como insuficientes e burocráticas, alertando sobre a preocupação com produtores negativados e a necessidade de mais tempo e novas medidas provisórias para atender melhor os afetados.
Nem mesmo a participação virtual do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, conseguiu convencer os presentes. Eles reconhecem o esforço do Ministério da Agricultura, mas defendem que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve liberar mais recursos para que a Medida Provisória 1247 avance e ofereça uma solução efetiva para os agricultores do Rio Grande do Sul.
