“Nós sabemos das nossas responsabilidades com o meio ambiente, com a produção sustentável. Não precisam apontar o dedo e nos mostrar as diretrizes”.
A declaração é do ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, acerca das crescentes exigências da comunidade europeia quanto à produção de alimentos brasileiros adquiritos pelos países do continente.
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Na quarta-feira (11), paralelamente aos debates do Grupo de Trabalho do G20 Agro, durante reunião bilateral com a União Europeia, o Brasil entregou uma carta solicitando a suspensão da Lei Antidesmatamento e a revisão da abordagem punitiva aos produtores que cumprem a legislação vigente.
A partir do final de 2024, de acordo com proposta da União Europeia, os produtores de soja, carne (e couro), madeira, borracha, café, cacau e óleo de palma precisarão comprovar que suas produções cumprem a legislação brasileira e que não são oriundas de áreas com desmatamento, seja ele legal ou ilegal, para continuarem exportando para os países do bloco.
Prazo para a Comunidade Europeia
Nesta quinta-feira, o ministro destacou que o governo brasileiro dará um prazo formal à comunidade europeia (até 1º de outubro) para que ela prorrogue a data aplicação da nova norma ao agro nacional.
“O melhor caminho para a mudança desse paradigma é o diálogo e não a imposição, sempre respeitando a soberania dos países. Caso não fizerem [a prorrogação], nós vamos buscar outros mecanismos para que essa implementação não ocorra de forma unilateral”, salientou Fávaro aos jornalistas na abertura oficial das reuniões ministeriais do G20 Agro, que ocorrem em Mato Grosso.