Operação conjunta da Receita Federal e do Ibama apreendeu, nesta segunda-feira (23), uma carga de 96 quilos de barbatanas de tubarão no aeroporto de Fortaleza, Ceará.
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Este foi o terceiro grande carregamento interceptado em apenas sete dias, reforçando a investigação sobre o contrabando de barbatanas destinadas ao mercado asiático, onde o produto é altamente valorizado como iguaria culinária. As informações partem de reportagem do G1.
A carga apreendida seria levada inicialmente para São Paulo e, de lá, exportada para países asiáticos.
Tentaram disfarçar a mercadoria
A Receita Federal identificou que os contrabandistas tentaram disfarçar a mercadoria, declarando-a como sendo de outros tipos de peixe. No entanto, após fiscalização, ficou claro que se tratava de barbatanas de tubarão, produto cuja pesca direcionada é proibida no Brasil.
Na semana anterior, outra operação no Ceará resultou na apreensão de R$ 3,7 milhões em barbatanas na cidade de Cruz, no litoral oeste do estado, com destino à China.
Poucos dias depois, mais uma carga de 66 quilos foi interceptada em Fortaleza, também com destino ao exterior. As mercadorias estavam sendo transportadas sob falsos registros, como fios e outros itens.
Espécies ameaçadas de extinção
As barbatanas apreendidas pertenciam a espécies ameaçadas de extinção, como o tubarão-azul e o tubarão-galha-branca-oceânico.
Esse tipo de pesca ilegal é alimentada pela alta demanda no Leste Asiático, onde as barbatanas são usadas para preparar a sopa de barbatana, uma iguaria de luxo. Na China, esse prato pode custar até US$ 100 (aproximadamente R$ 560) e é símbolo de status social.
Embora a pesca de tubarões seja proibida no Brasil, a prática continua ocorrendo de forma ilegal. As barbatanas são retiradas dos animais devido ao seu alto valor no mercado internacional.
As cargas apreendidas foram encaminhadas ao Ibama para providências administrativas e também às autoridades policiais para investigação e responsabilização criminal dos envolvidos.