Prudência é a palavra-chave para o início do plantio da soja em Goiás. Desde 25 de setembro, os produtores estão autorizados a iniciar a semeadura no estado, mas, segundo Clodoaldo Calegari, produtor e presidente da Aprosoja Goiás, essa decisão deve ser tomada com cautela. “Embora chuvas pontuais tenham trazido alívio em algumas áreas, a maioria dos municípios ainda enfrenta volumes insuficientes para um plantio seguro”, afirma.
Calegari ressalta que a decisão de semear é particular para cada produtor, baseada no conhecimento da propriedade e na disposição para assumir riscos. “Com margens de lucro apertadas, um replantio pode impactar negativamente tanto a produção quanto o sucesso da safra”, acrescenta.
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Quando as chuvas volumosas devem aparecer?
Alguns produtores que registraram chuvas mais volumosas já começaram a semear, confiantes nas previsões de novas precipitações a partir do próximo final de semana. ”Essa decisão ainda envolve riscos consideráveis. As áreas irrigadas estão com a semeadura em andamento, mas muitos produtores permanecem apreensivos com as previsões climáticas e as altas temperaturas, optando por aguardar um pouco mais”, explica o presidente.
As expectativas são otimistas: entre 11 e 15 de outubro, espera-se que as chuvas se tornem mais volumosas e regulares, incentivando um aumento na semeadura em Goiás, especialmente nas regiões mais afetadas pela seca. O longo período de estiagem, com algumas áreas sem chuvas desde o início de abril, também representa uma preocupação.
Os solos, extremamente secos e aquecidos, demandam cuidados especiais para garantir uma boa emergência das lavouras. Portanto, é essencial que a capacidade de campo dos solos se restabeleça, assegurando uma plantação saudável e produtiva.