UNIÃO

Bancada do agro quer formar mutirão para renegociar dívidas de produtores do RS

Senadores e deputados estão convocando ministérios, cooperativas e bancos para uma solução comum aos problemas dos agricultores do estado

Embrapa; Rio Grande do Sul
Foto: Prefeitura de Bento Gonçalves

O prazo para os produtores rurais do Rio Grande do Sul renegociarem dívidas contraídas por conta dos problemas climáticos vence nesta terça-feira (15). Contudo, grande parte não conseguiu se enquadrar nas regras exigidas para acessar os recursos.

Segundo o senador Luis Carlos Heinze, poucos agricultores médios e grandes obtiveram o crédito emergencial, enquanto a renegociação dos débitos da safra passada, a 23/24, também é outro problema que aflige homens e mulheres do campo.

“Muitos já plantaram milho sem financiamento. Esse é um problema sério em função das medidas que já foram negociadas e não se consegue desenrolar esse processo junto aos bancos”, destaca.

Mutirão para solucionar o problema

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FOTO: Divulgação/Mapa

O parlamentar ressalta que o cenário adverso gerou movimentações de deputados e senadores da bancada do agro, que buscam convocar os ministérios da Economia, Agricultura e do Desenvolvimento Agrário para a solução das dívidas dos produtores.

“Juntamente com os ministros, vamos fazer um mutirão para pressionarmos o Banco do Brasil e o próprio BNDES e os demais bancos para que essas medidas cheguem, efetivamente, ao campo porque, afinal, a safra 24/25 já começou a ser plantada e não foi resolvido nem o problema da 23/24 ainda”.

Para o senador, cabem aos bancos simplificarem o processo com relação às garantias de acesso ao crédito. “O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES têm uma regra que os demais bancos particulares não têm com relação ao fundo garantidor, mas isso não está funcionando nem mesmo no Banco do Brasil pelo que observo”, pontua.

Assim, Heinze afirma que, juntamente com a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está requerendo que a direção dos principais bancos financiadores esteja junto na reunião com os ministros.

“Temos que conversar com quem detém o crédito na mão para resolvermos esse impasse. Tivemos [no Rio Grande do Sul] três anos de seca seguidos e um ano de chuvas que complicaram muito a nossa lavoura”.