PREPARE-SE

Frente fria, ciclone e chuva intensa vão marcar a semana; veja a previsão do tempo

Ciclone extratropical deve trazer ventos fortes e granizo no Sul, enquanto o Centro-Oeste e o Norte enfrentam temporais

tempo - nuvens carregadas - inmet frente fria
Foto: Inmet/reprodução

A próxima semana será marcada por mudanças significativas no tempo em várias regiões do Brasil. A previsão indica a formação de um ciclone extratropical no Sul, além de temporais no Centro-Oeste e Norte. Chuvas intensas também estão previstas no Sudeste e Nordeste, o que pode beneficiar a agricultura, mas também trazer riscos de ventos fortes e alagamentos.

Confira as previsões por região, com informações do meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, e da Climatempo.

Sul

A semana começa com chuvas leves no oeste de Santa Catarina e no sudoeste, norte e leste do Paraná. O tempo firme prevalece no Rio Grande do Sul, com temperaturas mais amenas nas capitais Florianópolis e Curitiba.

No entanto, a partir de quarta-feira (23), um ciclone extratropical se formará próximo à faixa leste do Rio Grande do Sul, avançando para o oceano e trazendo temporais para os três estados da região.

Rajadas de vento acima de 70 km/h e queda de granizo podem ocorrer, com risco de danos em lavouras e estruturas agrícolas, além de possíveis quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia.

A previsão é de chuvas entre 20 e 50 mm no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o que ajudará a manter a umidade do solo sem prejudicar os trabalhos agrícolas.

No norte do Paraná, o acumulado pode ultrapassar 100 mm, beneficiando o início da semeadura da safra 2024/2025.

Sudeste

A circulação atmosférica estimula a formação de nuvens carregadas, com o sol aparecendo de forma mais tímida em São Paulo, centro-norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Pode ocorrer chuva em forma de pancadas, com potencial para temporais localizados.

O tempo ficará mais fechado no norte do Espírito Santo e interior de Minas Gerais, com chuvas persistentes.

Nos próximos cinco dias, o acumulado de chuvas varia de 40 a 60 mm em toda a região, favorecendo a reposição hídrica e o início da safra 2024/2025.

A partir de quinta-feira (24), uma nova frente fria deve trazer temporais para São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul de Minas Gerais, com ventos que podem passar de 70 km/h, podendo causar transtornos e queda de energia.

Centro-Oeste

A circulação de ventos mantém o tempo instável, com nuvens carregadas e chuva forte no noroeste e leste de Goiás, e no leste e norte de Mato Grosso. O sol aparece mais no Mato Grosso do Sul, com pancadas de chuva à tarde em algumas áreas.

A previsão alerta para temporais entre quarta e quinta-feira, com risco de queda de granizo e ventos acima de 70 km/h em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O volume de chuva nos próximos cinco dias pode chegar a 70 mm em algumas áreas, o que contribuirá para a recuperação das pastagens e a manutenção da umidade do solo.

Nordeste

A semana será marcada por umidade e chuvas fortes no sul do Maranhão, Piauí e nas regiões oeste e sul da Bahia. As cidades baianas de Ilhéus, Barreiras e Porto Seguro, assim como Balsas (MA), terão tempo instável e encoberto.

No litoral de Alagoas, Pernambuco e Paraíba, há previsão de chuva moderada, enquanto Teresina (PI) e São Luís (MA) terão tempo firme.

Nos próximos cinco dias, o acumulado de chuvas no sul da Bahia pode atingir 40 mm, enquanto no litoral de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte os volumes variam entre 5 e 10 mm.

No interior do Maranhão, Piauí e Ceará, as temperaturas podem chegar a 39 °C, aumentando o risco de incêndios.

Norte

A região terá risco elevado de temporais no Amazonas, Tocantins, sul do Pará e Acre, com a semana começando abafada e com possibilidade de chuva forte e trovoadas.

O centro-norte do Pará, norte de Roraima e Amapá terão uma semana mais seca.

O acumulado de chuvas na região varia entre 30 e 50 mm, o que ajudará na recuperação das pastagens e na implementação da safra 2024/2025. No entanto, os rios da região continuam em níveis baixos, com recuperação projetada somente para o início de 2024.