O desenvolvimento de parques solares em áreas desérticas tem se mostrado benéfico para o meio ambiente, conforme revela um estudo realizado na China. A pesquisa, publicada pela Nature, avaliou os efeitos ecológicos do Parque Fotovoltaico de Gonghe, no deserto de Qinghai.
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A instalação fotovoltaica apresentou condições ambientais melhores dentro do parque em comparação com áreas de transição e fora do parque. A avaliação demonstrou que a presença dos painéis solares influenciou positivamente o microclima, o solo e a biodiversidade local.
Além de melhorar a qualidade ambiental da área, o parque contribuiu para a regulação do solo e microclima, bem como para a restauração da vegetação.
Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que as usinas solares não só desempenham um papel importante na mitigação da crise energética global, como também ajudam a melhorar a ecologia das áreas desérticas.
Além disso, a pesquisa sugere que as instalações fotovoltaicas em regiões áridas podem reduzir as emissões de carbono e gerar benefícios socioeconômicos ao promover o uso eficiente da terra.
Estudo do efeito dos painéis solares no deserto
Foi utilizando na pesquisa o modelo DPSIR (Driving-Pressure–Status–Impact-Response) para medir o impacto ambiental. O modelo é usado para avaliar as interações entre fatores ambientais, sociais e econômicos, descrevendo como as atividades humanas (força motriz) geram pressões sobre o meio ambiente, alterando seu estado, causando impactos e demandando respostas para mitigar esses efeitos.
O estudo destacou a necessidade de um monitoramento contínuo para garantir a segurança dos ecossistemas e o crescimento sustentável da indústria fotovoltaica. Isso é fundamental para maximizar os benefícios ambientais e minimizar possíveis impactos negativos no futuro.