MERCADO

Boi gordo: demanda aquecida e recorde de exportação mexem com os preços; confira

Arroba se mantém acima de R$ 300 em diversas áreas do país. Para analista, consumidor é incapaz de absorver novos reajustes da carne

boiada, carne orgânica do Pantanal, boi
Foto: Raquel Brunelli/Embrapa

O mercado físico do boi gordo volta a conviver com elevação dos preços no decorrer desta quarta-feira (23).

Para o analista da consultoria Safras & Mercado Allan Maia, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a atual posição das escalas de abate que permanecem encurtadas.

“Soma-se a isso uma demanda robusta, com exportações avançando de maneira contundente na atual temporada. O Brasil tende a estabelecer um recorde absoluto de exportação na atual temporada”, disse.

Preços médios da arroba do boi

Em São Paulo foram relatadas negociações acima da referência média, com negócios atingindo o patamar de R$ 320 a arroba a prazo. As negociações no estado se concentram entre R$ 305/310 a prazo.

Em Minas Gerais novamente foram relatadas negociações acima da referência média. No Triângulo Mineiro, indicação de negócios em até R$ 300/305 a prazo.

Em Mato Grosso do Sul, mais um dia de negócios acima da referência média. Na região de Naviraí indicação de negócios a R$ 305 a prazo. Em Campo Grande indicação de negócios em até R$ 305 a prazo.

Em Mato Grosso foram novamente relatadas negociações acima da referência média. Na região de Rondonópolis relatos de negócios ao nível de R$ 300 a arroba a prazo. Em Cuiabá também foram relatadas negociações em até R$ 300 a prazo.

Mercado atacadista

O mercado atacadista volta a apresentar preços firmes, e o viés ainda é de elevação de preços no curto prazo.

Segundo Maia, é importante mencionar que a carne de frango segue ganhando competitividade no mercado doméstico, em especial com o recente movimento de alta deflagrado pela carne bovina nos últimos dias.

“O consumidor brasileiro segue incapaz de absorver novos reajustes da carne bovina”, assinalou.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,20 por quilo. O quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,20 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 17,30 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou em queda de 0,10%, sendo negociado a R$ 5,6908 para venda e a R$ 5,6888 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6847 e a máxima de R$ 5,7322.