A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul está promovendo uma série de encontros intitulados “Cada Gota Conta” para discutir o armazenamento de água e as necessidades dos produtores rurais do estado. O objetivo dos fóruns é criar uma legislação que facilite o acesso a tecnologias de irrigação, especialmente durante períodos de escassez hídrica, que têm afetado as últimas safras.
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Nas safras de 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023, os agricultores gaúchos enfrentaram sérias dificuldades devido à estiagem, que impactou fortemente a produção de culturas como milho e soja. Atualmente, o estado irriga cerca de 1,3 milhão de hectares, mas enfrenta desafios como o alto custo de equipamentos de irrigação e dificuldades burocráticas para a construção de açudes. “O grande problema hoje é a dificuldade, principalmente a incerteza que os produtores têm sobre onde podem construir um açude sem enfrentar problemas ambientais”, explica Adolfo Brito, presidente da Assembleia Legislativa do RS.
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Debates e perspectivas
Os encontros, que já passaram por cidades como Sobradinho, Santa Cruz do Sul e Panambi, têm reunido autoridades, especialistas, agricultores, cooperativas e sindicatos para debater as melhores estratégias para enfrentar a escassez de água. Marcus Bandeira, presidente da Amuplam, destaca o engajamento: “Estamos juntos nessa luta, sabendo que ainda há muito a avançar, especialmente em questões ambientais, para levar esses projetos adiante”.
Arno Malheiros, assessor jurídico da Cotripal, enfatiza a importância da irrigação para propriedades de todos os tamanhos: “Utilizar a tecnologia da irrigação para pequenas propriedades, hortas, atividades leiteiras e produção de pasto é fundamental, especialmente para aquelas que não eram inicialmente vistas como beneficiadas por essa tecnologia”.
Próximos passos para a nova legislação
A expectativa é de que, ao final dos debates, uma legislação específica seja elaborada para ampliar o acesso às tecnologias de irrigação, beneficiando desde pequenos agricultores até grandes produtores. O objetivo é garantir que todos tenham mais segurança no planejamento e na execução de projetos de armazenamento de água, fortalecendo a resiliência do setor agropecuário gaúcho diante de adversidades climáticas.
