Já imaginou o sabor de um morango fresquinho, cem por cento natural, produzido com todo o carinho? Ou uma colherada de mel puro, colhido artesanalmente, acompanhada de uma geleia caseira e queijo de cabra?
É essa experiência de sabores naturais que Marília Orantas, Isaías Pasqualini e Pedro Presti, micro e pequenos produtores de São Roque, interior de São Paulo, levam à mesa de seus clientes. Todos os dias, faça chuva ou faça sol, os três estão ali, plantando, cuidando e colhendo.
“O que falta e seria muito importante agora é uma visão de cooperativa, de associações, de fazer uma conexão entre os pequenos produtores para que a gente tenha troca de informação e fortalecimento, para não ficarmos sozinhos tentando nos salvar,” comenta Marília, que deixou a hotelaria para se dedicar ao cultivo de morangos, geleias e óleos essenciais, todos orgânicos.
Pedro Presti, por sua vez, trocou carreira em engenharia e o trabalho nos Estados Unidos para enfrentar os desafios do campo. Atualmente, ele cria galinhas poedeiras e cabras – vende o leite e ainda produz queijos.
Além disso, mantém 80 canteiros entre hortaliças e frutas, tudo respeitando o ritmo do solo, e conta que vem novidades por aí:
“São Roque é a terra da alcachofra e a gente começou a cultivar, mas de forma orgânica” explica Presti.
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Ele também admite a dificuldade de entrar no mercado: “Foi um pouco complicado porque não temos a certificação orgânica. Em alguns lugares, isso impede o negócio. Mas vendemos sob encomenda para restaurantes e clientes finais, que confiam que não usamos agrotóxicos e o boca a boca vai se espalhando.” finaliza.
Já Isaias Pasqualini, estudou administração de empresas, fez alguns cursos no Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e se especializou em apicultura.
Desde 2016, ele se dedica à produção de mel e, recentemente, passou a cultivar morangos e a produzir geleias. Agora, o produtor entrou com processo para adquirir o certificado de produção de mel.
“Legalizar junto aos órgãos competentes é essencial para poder envasar e vender o mel, já que produtos de origem animal exigem autorização”, explica Isaías.
Ele destaca ainda, que a interação entre as abelhas e o morango é essencial: “Um complementa o outro. O morango precisa de polinização e as abelhas ajudam nisso”, afirma o especialista que colheu há pouco tempo um morango de 110 g, e que foi consumido por ele, pelo filho e a esposa.
Para que Marília, Pedro e Isaias chegassem onde estão, abrindo as porteiras dos seus negócios, eles buscaram conhecimento por meio de cursos. Afinal, obter orientação de quem entende parece ser uma forma de encontrar uma solução e, claro, prosperar.
Dica
No site do Sebrae, por exemplo, há diversas opções voltadas para micro e pequenos empreendedores, incluindo cursos gratuitos. Basta selecionar o estado em que você mora e conferir os cursos disponíveis.
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