Brasília cedia até a próxima sexta-feira (29) o Encontro Nacional dos Adidos Agrícolas, vindos de países onde o governo brasileiro tem representação. Trata-se de uma forma de acelerar as exportações e buscar novos mercados aos produtos nacionais.
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São mais de 500 reuniões entre o governo, os representantes, equipes técnicas e setores produtivos de alimentos e bebidas para contribuir com o aumento do acesso aos mercados internacionais. Ao todo, são 40 adidos agrícolas brasileiros pelo mundo, em todos os continentes.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil no mundo e conta com dois adidos brasileiros. Um deles, Leandro Feijó, conta como é feito esse trabalho. “Nós desenvolvemos várias ações que fazem com que a gente possa entender melhor como é o nosso parceiro e como nós devemos atuar. Então, nesse sentido, a gente tem uma interlocução muito forte e estreita com as autoridades governamentais na China. Tratamos da discussão de temas sanitários, fitossanitários, de barreiras. Fazemos um monitoramento do marco regulatório das legislações que são criadas e que são revisadas”, conta.
Brasil e Estados Unidos
Já a Ana Lucia Paiva Viana é adida agrícola do Brasil nos Estados Unidos, onde o principal tema tratado, no momento, é a transição energética e os biocombustíveis. Contudo, a entrada das principais commodities agrícolas, como café, algodão e carnes bovina e suína também são discutidas com as autoridades norte-americanas.
“Faço toda essa questão de cooperação, também buscando a troca de tecnologia entre a produção norte-americana para a produção brasileira. Os Estados Unidos é um grande player, um grande produtor, assim como o Brasil. Não podemos nos considerar como grandes competidores, embora produzimos as mesmas commodities, mas temos que ser um país parceiro para garantir a questão da segurança alimentar e também a busca de investimentos”.
Nova adidância no Irã
Assim como China e Estados Unidos, o Irã é um parceiro histórico do Brasil no agronegócio. Nos últimos 15 anos, se transformou no principal comprador dos produtos agrícolas no Oriente Médio, como milho, açúcar, óleo de soja e carnes. Entretanto, o país sofre com sanções que dificultam as importações. Esse cenário requer a atuação do adido agrícola.
“Com a ida do novo adido agrícola, um posto que está sendo aberto, porque, até então, não tínhamos um posto de adido agrícola no Irã, a gente pretende que esse bom relacionamento político também se espalhe para áreas operacionais e áreas técnicas de relacionamento direto entre o Ministério da Agricultura e demais Ministérios”, diz o novo adido agrícola do Irã, Marlos Schuck Vicenzi.