![morcego, transmissor da raiva, adab morcego, transmissor da raiva, adab](https://imagens-cdn.canalrural.com.br/2025/02/Foto-ADAB-COMBATE-MORCEGOS-edited-guanambi-.jpeg)
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) está monitorando abrigos de morcegos-hematófagos, também conhecidos como morcegos-vampiros – que se alimentam de sangue de outros animais – após o aumento do número de casos em animais de produção, com sintomas do vírus da raiva, no estado.
Na última semana, 500 profissionais de saúde, entre veterinários, médicos, enfermeiros e agentes de saúde e de endemias, que atuam na zona urbana e rural, de Guanambi e Caetité, no Sudoeste da Bahia, foram capacitados para atuarem no controle e prevenção da raiva animal.
A iniciativa é fruto de uma ação conjunta entre a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep/Sesab), secretarias municipais de saúde e a Adab.
![profissionais da adab fazem capacitação para prevenção e combate da raiva](https://imagens-cdn.canalrural.com.br/2025/02/Foto-ADAB-COMBATE-MORCEGOS-edited-guanambi-1-1024x768.jpeg)
O médico veterinário e coordenador do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), Paulo Ferraz, representou a Adab.
Para ele, além do acolhimento e protocolo das pessoas que manipularam o animal e tiveram contato com a saliva, é importante a notificação imediata à Adab para bloqueio do foco do agente transmissor.
A partir dessas notificações, delimitaremos uma área de atuação mais precisa para monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), principal vetor de transmissão da doença no animal, e posterior captura destes”, explica Ferraz.
Orientação
A orientação da Adab aos produtores é que, ao detectar mordedura em seus animais, seja aplicada a pasta anticoagulante vampiricida, ao redor da ferida por, no mínimo, três dias seguidos.
“Isso porque os morcegos voltam para se alimentar, no mesmo animal e lesão, e se contaminam com a pasta. Ao retornar ao seu habitat, morrem e contaminam outros. Com esse controle direto, estima-se que, para cada morcego que recebeu a medicação tópica, outros 20 também morram, reduzindo o número de casos”, estima Paulo Ferraz.
Como resultado desse trabalho, em Guanambi e região, foram monitorados 8 abrigos de morcegos hematófagos, com captura em um deles de nove animais e tratamento em oito, com utilização da pasta. A ação foi realizada pelos técnicos da Adab.
“Os profissionais precisam se conscientizar de que a raiva é Saúde Única, cuja abordagem precisa ser integrada e a conexão entre a saúde humana, animal e ambiental reconhecida”, adverte Ferraz.
Além disso, ele também reforça sobre a necessidade do criador vacinar, anualmente, contra a raiva o seu rebanho.
“Atualmente, a vacinação apenas se torna obrigatória em casos positivos, na propriedade e área circunvizinha, num raio de 10 quilômetros, mas não podemos negligenciá-la, em função da alta propagação e letalidade”.
A doença
De acordo com a Adab, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%.
No entanto, trata-se de uma doença passível de controle pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação animal e a realização de bloqueios de foco.
Os animais de produção que podem ser acometidos pela doença são os bovinos e bubalinos, equídeos, ovinos e caprinos, além dos suínos.
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