O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) havia declarado, em 30 de janeiro, emergência fitossanitária para a praga quarentenária Rhizoctonia theobromae (Ceratobasidium theobromae), conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca nos estados do Amapá e do Pará.
Contudo, para tranquilizar os produtores, a pasta divulgou nota de esclarecimento na tarde desta segunda-feira (10), com as seguintes afirmações:
- A praga não tem qualquer relação com a vassoura-de-bruxa do cacaueiro. Trata-se de uma doença nova, detectada oficialmente em julho de 2024 no estado do Amapá.
- O fungo não representa qualquer risco à saúde humana, apesar de ser altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
- Até o momento, não há registros da praga no estado do Pará. Embora a emergência tenha sido declarada para os estados do Amapá e do Pará, a presença da praga está confirmada apenas em alguns municípios do Amapá. O Pará foi incluído na medida preventiva por fazer fronteira terrestre com o Amapá, onde a praga segue avançando, e por ser o maior produtor de mandioca do Brasil.
Sintomas da vassoura-de-bruxa
Plantas atacadas pelo fungo ficam com ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules, conforme pesquisas da Embrapa Amapá.
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Com a evolução da doença, é comum a ocorrência de clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas.
Já a dispersão pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água. A movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões também pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas.