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Mauricio Buffon alerta os produtores de soja sobre a Lei Antidesmatamento

Presidente da Aprosoja Brasil critica imposição de condições e orienta produtores de soja a lerem atentamente os contratos devido às novas regras

colheita de soja com o fundo do céu azul
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

Os produtores brasileiros de soja estão sendo pressionados por algumas tradings que estão incluindo exigências ambientais em contratos de compra e venda, preocupando a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). A entidade alertou que essas regras, relacionadas à sustentabilidade e ao desmatamento, estão sendo aplicadas antes mesmo de a legislação entrar em vigor. Veja o vídeo:

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O presidente da Aprosoja, Mauricio Buffon, abordou o tema em entrevista. Buffon explicou que algumas empresas já estão tentando impor essas regras ambientais, afetando diretamente os produtores, especialmente em estados como Goiás e Tocantins.

Buffon criticou a imposição dessas condições aos produtores de soja, destacando que elas são uma afronta à legislação brasileira. “Essas imposições acontecem antes mesmo da lei entrar em vigor, o que não é aceitável. O Brasil já faz o dever de casa, com várias áreas sendo convertidas para a agricultura, muitas delas em terras degradadas”, afirmou o presidente da Aprosoja.

Ele também alertou os produtores para que leiam atentamente seus contratos, uma vez que nem todas as tradings estão impondo essas novas regras. Buffon recomendou que os produtores busquem negociar com empresas que não exigem essas condições, evitando a imposição de cláusulas que ainda não são obrigatórias.

A Aprosoja está trabalhando para proteger os produtores de exigências que ainda não fazem parte da legislação vigente. Buffon destacou que essa situação tem gerado grande insegurança no mercado e pode impactar nas negociações de soja no Brasil.

Atualmente, apenas uma parte da produção nacional de soja é destinada ao mercado internacional, mas as novas exigências podem alterar a dinâmica do setor e afetar diretamente a competitividade do Brasil no comércio global.