Influenciados pelo aquecimento da demanda interna, os preços da soja subiram no Brasil no encerramento de fevereiro. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), mesmo com a colheita de uma safra abundante na América do Sul, preocupações com a produtividade das lavouras ainda não colhidas, o aumento dos custos logísticos e a sinalização do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre uma possível redução da área plantada com soja nos Estados Unidos ajudaram a sustentar as cotações domésticas.
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Indicador da soja – Paranaguá
O indicador da soja Cepea/Esalq em Paranaguá (PR) mostra que a saca de 60 kg do grão foi negociada a R$ 134,42 no último dia útil do mês, registrando uma variação positiva de 4,21%.
Quanto aos derivados, levantamento do Cepea aponta que os valores do óleo e do farelo encerraram o mês em direções opostas. De acordo com os pesquisadores, no caso do óleo, os preços subiram, impulsionados pela forte demanda, tanto no setor alimentício quanto na indústria de biocombustíveis.
Farelo de soja
Já o farelo de soja apresentou desvalorização, reflexo da cautela dos compradores, que aguardam um avanço maior da colheita para negociar novos lotes.
Sobre o Cepea
O Cepea integra o Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), unidade da Universidade de São Paulo (USP). A equipe realiza pesquisas sobre a dinâmica das cadeias produtivas e o funcionamento integrado do agronegócio, abrangendo temas como defesa sanitária, políticas comerciais externas e influência de novas tecnologias.
O desempenho macroeconômico do setor também é acompanhado de perto. O Cepea calcula periodicamente o PIB do agronegócio (nacional e estadual), o PIB de cadeias produtivas e índices de exportação do setor.