A lei que contém o plano de resgate entrou em vigor na última sexta, mas “ainda vai demorar algum tempo” até começar a funcionar totalmente, declarou Bush, que, no entanto, especificou que a medida representa um “grande passo” para enfrentar a crise financeira. Ele afirmou que a estratégia que pretende iniciar o plano de resgate é “liberar o crédito, que o dinheiro volte a se movimentar”.
? Não queremos nos apressar tanto nesta situação que o programa não seja eficaz ? declarou o presidente, que disse que também é importante garantir que o plano de resgate não esbanje o dinheiro dos contribuintes.
Bush admitiu que boa parte do público está descontente com a medida, que muitos contribuintes percebem como uma salvação para Wall Street em detrimento das economias familiares, mas afirmou que o plano de resgate e a intervenção das autoridades é necessária, pois de outra forma as pequenas empresas e as famílias “serão muito prejudicadas”.
O plano de resgate do sistema financeiro nos EUA, avaliado em cerca de US$ 700 bilhões, foi aprovado no Congresso na última sexta e Bush o assinou imediatamente.
O eixo central do acordo é a capacidade do Tesouro para adquirir a dívida de má qualidade dos bancos pelo valor de até US$ 700 bilhões.
Em comunicado, os assessores econômicos da Casa Branca afirmaram hoje que a situação no sistema financeiro dos EUA é ainda grave apesar da entrada em vigor do plano de resgate e concordaram com o presidente em que o efeito da medida demorará ainda para ser percebida.