? Estamos num momento de irracionalidade e comportamento de manada, é o pior momento ? afirmou.
No seu entendimento, um dos grandes problemas hoje é a perda de confiança nas instituições financeiras, o que se reflete no mundo todo e causou, no Brasil, a queda da bolsa e a valorização do dólar.
? Estamos, a meu ver, no momento mais agudo dessa crise. Acredito que essa situação aguda deverá se dissipar, é impossível imaginar que se terá o sistema financeiro internacional travado como está hoje. Certamente isso será superado ? afirmou, frisando que todos os governos devem agir para enfrentar a crise e que há expectativa dos ajustes que serão promovidos nos mercados europeus.
Apesar do otimismo, Mantega destacou que, passada a tempestade, o cenário financeiro internacional será de menos crédito e taxas de juros mais elevadas, com conseqüente redução do ritmo de crescimento da economia mundial, inclusive do Brasil.
? O Brasil não está imune à crise, evidentemente. É uma crise global, atinge a todos os países. [A crise] Atinge menos países mais sólidos, como é o caso do Brasil e outros países, onde não temos problema de solvência. Aqui não há ativos podres, embora estejamos sofrendo problemas de liquidez em função desse estrangulamento do crédito, em escala internacional ? afirmou.