? Se as negociações não forem favoráveis, a Petrobras sairá. Desde que possa sair adequadamente, sendo compensada pelos investimentos que fez ? manifestou o ministro a jornalistas no Rio de Janeiro.
No sábado, o presidente do Equador, Rafael Correa, aconselhou cautela às petrolíferas estrangeiras que lá operam e as provocou a investirem, se não desejarem sair dali. Depois, o ministro de Minas e Petróleos do Equador, Francês Chiriboga, advertiu que se a Petrobras não cumprir as exigências da nova política petrolífera do governo, terá que negociar sua saída.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu na terça, dia 6, que a Petrobras poderia sair do Equador, mas disse ainda acreditar que a negociação chegue “a um bom termo”.
? O próprio presidente Lula disse que se Petrobras tiver que sair do Equador sairá. Qual é o problema? Isso não é um problema ? disse Amorim nesta quarta.
O chanceler afirmou que o Brasil segue de perto as negociações, travadas diretamente entre a Petrobras e o governo do Equador, e recomendou paciência por se tratar de um processo lento.
? Espero que isso seja resolvido. Acompanhamos e temos dado apoio (a Petrobras) ? acrescentou.
Amorim lembrou que o Equador “quer passar todos os investimentos para contratos de prestação de serviços”, e que embora algumas empresas já tenham aceitado essa modalidade “outras estão em desacordo”.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também disse, na segunda, que a empresa não pretende permanecer no Equador como prestadora de serviços.
Celso Amorim frisou que as negociações tiveram dificuldades por envolverem recursos naturais e empresas estrangeiras.
?Tem um lado muito emocional num país que está em processo de mudança. Acabam de fazer um referendo e haverá outra escolha ? disse o ministro.
No mês passado, Rafael Correa expulsou do país a empreiteira Odebrecht após um litígio originado por descoberta de falhas na construção de uma hidroelétrica.