Ministério Público quer mais um leilão de bois piratas

Prazo para que proprietários retirassem rebanhos venceu em setembroQuase dois meses depois do primeiro leilão do "boi pirata", rebanho apreendido em junho na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, o Ministério Público Federal (MPF) no Estado pediu à Justiça um levantamento de quantas cabeças de gado ainda estão na unidade de conservação.

O prazo determinado pela Justiça para que todos os proprietários retirassem os rebanhos da área de preservação venceu em setembro. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), antes da Operação Boi Pirata, cerca de de 40 mil cabeças de gado ilegais eram criadas em 14 propriedades na Terra do Meio.

O MPF pede que, caso a ordem judicial não tenha sido cumprida, a Justiça determine a apreensão imediata e um novo leilão para venda do rebanho irregular.

De acordo com o procurador da República em Altamira (PA), Alan Rogério Mansur Silva, pelo menos 10 mil cabeças ainda podem estar na unidade de conservação. Na recomendação, o MPF indica que o levantamento deverá ser feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pela gestão da estação ecológica.

O procurador ainda sugere ação conjunta entre os órgãos ambientais e a Polícia Federal na região, em caso de necessidade de mandado judicial para desocupar a área.