Organização Mundial do Comércio convoca reunião sobre crise de crédito

Encontro será em novembro e contará com dirigentes do FMI, Banco Mundial, BID e representantes de grandes instituições financeirasO diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, convocou nesta sexta, dia 11, para 12 de novembro os responsáveis pelos principais organismos financeiros internacionais e de cinco grandes bancos na busca por uma solução para a escassez de crédito para o comércio. Em reunião com as delegações dos 152 países-membros da OMC, Lamy ressaltou que a atual crise de crédito "está tendo impacto no acesso dos países em desenvolvimento ao financiamento de suas importações e exportaçõe

A reunião de novembro servirá para debater como manter e melhorar a acessibilidade dos países em desenvolvimento aos mecanismos de crédito para o comércio a taxas de juros acessíveis, segundo afirma o diretor-geral em sua carta de convite.

Lamy espera para a reunião dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (BM), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e dos bancos de Desenvolvimento Asiático, Africano e Islâmico, entre outros. Também estão convidados os representantes do Citigroup e do GP Morgan (EUA), do Commerzbank (Alemanha), e do Royal Bank of Scotland e HSBC (Reino Unido).

Um porta-voz da OMC explicou que os bancos foram convidados porque em circunstâncias normais têm um papel importante no financiamento do crédito ao comércio internacional, que sofreu um abalo brusco, assim como o setor do crédito em geral.

Na reunião desta sexta com delegações perante a OMC, Lamy defendeu que agora que “surgem vozes a favor de uma melhor regulação no mundo financeiro, a organização apresenta um exemplo de construção de um sistema de governabilidade internacional”.

A OMC advertiu que os temores que se apoderaram dos mercados podem ser a ante-sala para um aumento das tendências protecionistas e assegurou que a organização deve atuar como uma “barreira” contra esse tipo de respostas.

? Erigir obstáculos nas fronteiras, começando pelo comércio de bens e serviços, é freqüentemente uma tentadora opção política em circunstâncias como esta ? frisou.