Após a Operação Boi Pirata, deflagrada em junho pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), cerca de três mil cabeças foram vendidas em leilão e a Justiça determinou que todos os proprietários de fazendas na região retirassem os rebanhos da área até setembro.
O Ministério Público Federal no Pará pediu o levantamento ao ICMBio para que, em caso de descumprimento, a Justiça determine a apreensão imediata e um novo leilão para venda dos chamandos “bois piratas”.
? Estamos trabalhando junto com o Ministério Público Federal, já recebemos a recomendação e estamos fazendo esse levantamento ? afirmou Carneiro.
O coordenador estima que cerca de 10 mil cabeças de gado irregular ainda são mantidas na estação ecológica.
? A informação que temos é que 80% do rebanho que existia nessas 14 propriedades foi retirado, mas ainda restam propriedades que têm rebanho.
De acordo com o Ibama, antes da primeira apreensão, em junho, cerca de 40 mil cabeças de gado ilegal eram criadas na Terra do Meio.
? A maioria do gado que saiu foi para APA [Área de Proteção Ambiental] Triunfo do Xingu, unidade de conservação estadual, que permite uso agropecuário. Mas afirmar que 100% do gado [retirado] está em área legal, a gente não tem como afirmar ainda ? ponderou Carneiro.
A equipe permanente de dez agentes de fiscalização do ICMBio e Ibama será reforçada para o levantamento, adiantou Carneiro. Policiais militares do estado garantirão a segurança dos fiscais nas vistorias.