Crioulista arremata em Uruguaiana lote mais caro no leilão Selo Racial

Receptora prenha da raça angus foi comprada por R$ 22,5 milA compra de uma receptora prenha, por parte de um tradicional criador de crioulos, na 5ª edição do leilão Selo Racial, na última sexta, dia 17, em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, prova que a crise nas bolsas anda longe dos agronegócios. Maurício Weiand, da cabanha Maufer, de Cruzeiro do Sul (RS), levou o animal, lote mais caro do leilão, por R$ 22,5 mil.

O remate Selo Racial – que reúne os melhores exemplares de cinco cabanhas da região (Rincon, Olhos d’água, Cia Azul, Corticeira e Azul) – vendeu 355 animais das raças angus, brangus e braford, totalizando R$ 1,83 milhão em faturamento.
Weiand é iniciante na criação de bovinos. Este ano começou a comprar as primeiras cabeças de angus:

? A crise não chegou nem vai chegar no campo. Tanto que mesmo com o quadro instável da economia atual estamos diversificando os negócios e partindo para aquisição de bovinos ? explica o crioulista, dono de uma das maiores indústrias de chocolates do país.

A prenhes da receptora comprada por Weiand é irmã inteira da angus Kila, a grande campeã da Expointer 2008. A oferta fazia parte reserva especial da cabanha Olhos D’água.

Para Marcelo Silva, leiloeiro do remate, o grande destaque foi a venda das fêmeas, com média geral de R$ 4 mil.

? Isso significa que o campo está firme e forte mediante a instabilidade econômica que estamos passando. Fêmeas, por exemplo, só dão resultado a longo prazo. E mesmo assim o pessoal está investindo bem ? analisa

Uma das características marcantes do leilão Selo Racial é a participação ativa das mulheres na organização do evento. Susana Macedo, uma das organizadoras, diz que as cinco cabanhas se propuseram a trazer o melhor de seu plantel:

? Foi uma amizade que resultou em uma boa atividade comercial. Temos os parceiros certos. Tudo é decidido em conjunto e nossa união é responsável pelos bons resultados ? fala Suzana.