Moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul deve cair 2,7% na safra 2011

Usinas e destilarias devem moer 541 milhões de toneladasAs usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil devem moer 541 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2011/2012, queda de 2,7% sobre as 556,2 milhões de toneladas processadas na safra 2010/2011, de acordo com a primeira estimativa da Canaplan, divulgada nesta sexta, dia 15.

A estimativa da Canaplan é a menor entre as divulgadas até agora no setor. A Datagro projeta 550 milhões de toneladas em 2011/2012 e a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única) trouxe uma perspectiva de uma moagem de 568,5 milhões de toneladas.

Segundo o diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, é possível que fatores como o clima façam com que o processamento de cana na região varie de 528,6 milhões a 563,9 milhões de toneladas.

? Só atingiremos essa produção máxima se tudo de bom acontecer, o que é bem difícil ? ponderou o executivo.

A produção de açúcar no Centro-Sul está estimada em 32,8 milhões de toneladas em 2011/12, queda de 2,09% sobre as 33,5 milhões de toneladas obtidas na safra anterior. A produção de etanol deve recuar 2,36%, de 25,4 bilhões para 24,8 bilhões de litros este ano.

A consultoria avalia que o clima e a demanda pelos produtos possam fazer com que a produção de açúcar em 2011/2012 varie de 32,3 milhões a 33,9 milhões de toneladas. Já a produção de etanol deve ficar entre 24,4 bilhões e 25,6 bilhões de litros.

A proporção de destino da matéria-prima ficará em 45% para o etanol e 55% para o açúcar em 2011/2012, o mesmo da safra passada. A Canaplan estima que o Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana processada fique em 141,5 kg, ante 140,8 kg da safra passada. O aumento no ATR ocorrerá graças a uma postergação no início da colheita e de uma estiagem prevista para meados deste ano, que melhoram a quantidade de açúcar na planta.

Já a produtividade da cultura no Centro-Sul será de 78,2 toneladas de cana por hectare, ante 84,1 toneladas/hectare na safra 2010/2011. A queda acontece pela estiagem do ano passado e, principalmente pela falta de investimentos no setor, o que prejudicou a expansão das lavouras e a renovação nos canaviais.