Segundo estimativas dos organizadores, mais de 1,5 milhão de pessoas comemoraram o Dia do Trabalho em São Paulo. Pela primeira vez, o evento aconteceu na zona oeste da cidade. As Centrais Sindicais reivindicaram a redução da jornada de trabalho sem diminuição dos salários e o fim do fator previdenciário. A festa também reuniu políticos, com direito a discurso para o senador Aécio Neves e o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
A presidente Dilma Rousseff não participou da comemoração. De acordo com o planalto, em nenhum momento Dilma afirmou que participaria. Mesmo assim, o palco serviu para cobranças, entre elas, a reforma agrária e a votação do Código Florestal.
Para o presidente da câmara dos deputados, Marco Maia, ainda é preciso buscar um acordo entre ambientalistas, produtores e governo. De acordo com ele, o Partido dos Trabalhadores não vai impedir a votação, que deve mesmo acontecer esta semana.
Mas o deputado Roberto Santiago (PV-SP), acredita que a votação do código florestal deveria ser prorrogada. Para o deputado federal Paulinho da força, se o texto do deputado Aldo Rebelo não for alterado, a votação não deve acontecer como previsto.
Mundo
O feriado do Dia do Trabalho também foi celebrado por milhares de pessoas em todo o mundo. Em quase todos os países, as condições salariais dominaram as manifestações.
Em Atenas, capital da Grécia, país que enfrenta uma grave crise econômica, os trabalhadores protestaram contra o governo em frente ao parlamento e pediram mais empregos. Em Paris, na França, cerca de 12 mil pessoas participaram de uma passeata que teve como objetivo criticar a política salarial imposta pelo presidente Nicolas Sarkozy.
Em Taiwan, a principal reivindicação foi pelo fim da diferença de renda entre as classes trabalhadoras. Em Cuba, a manifestação foi a favor do governo, que recentemente anunciou reformas econômicas para modernizar o modelo socialista. O presidente Raul Castro esteve presente.