Para o economista, em maio, o IPC deverá ficar em 0,4% ante 0,7% de abril e manter essa mesma variação nos meses subsequentes, caso não ocorram mudanças expressivas no mercado internacional que provoquem ajustes de preços das commodities (produtos básicos, como grãos e minérios, cotados internacionalmente). Nem mesmo a concentração de importantes datas-base de várias categorias de trabalhadores no segundo semestre pode ameaçar essa estabilidade, apontou ele.
? Se tiver algum impacto vindo dos salários, só será sentido no ano que vem.
Ainda assim, os alimentos continuarão forçando o avanço inflacionário este mês. A taxa, que em abril ficou em 0,46%, deve ser elevada para 0,61%. No entanto, à medida que a nova safra agrícola entrar no mercado, a tendência é de estabilização dos preços, explicou Comune.
O grande vilão da inflação, por enquanto, tem sido transporte, cujos preços relativos subiram 1,44% ante alta de 1,04% em março. Culpa dos combustíveis. Para encher o tanque com etanol, o consumidor pagou, em média, no mês passado, 10,36% mais do que em março e 47,67% acima do valor desembolsado em maio do ano passado.
Com o início da moagem da cana-de-açúcar nas usinas, os preços do etanol devem cair, estimou o economista. Mas, por enquanto, para quem tem carro bicombustível, “ainda é mais vantagem optar pela gasolina”. O etanol é mais vantajoso quando não ultrapassa 70% do valor da gasolina. Atualmente, está custando mais de 80%, na média nacional.