? Houve muitas distorções respeito do etanol feito com cana-de-açúcar. A verdade é que não sei quem pintou de carrasco o etanol brasileiro, se a indústria petrolífera ou a indústria alimentícia. O etanol não tem aspectos negativos ? disse Amado em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em São Paulo.
Os participantes discutirão assuntos como biocombustíveis e segurança energética, o papel deste combustível como elemento sustentável e inovador e sua relação com a mudança climática, entre outros.
Entre 17 e 19 de novembro se realizarão as discussões técnicas, enquanto nos dois últimos dias os chefes de delegação presentes vão elaborar o documento que será entregue a seus respectivos governos.
Amado, que será o secretário-geral da conferência, indicou que 40 países confirmaram o envio de delegações à reunião em São Paulo, mas se absteve de assinalar a categoria que presidirão.
Sobre a possível participação na reunião do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush; de sua colega filipina, Gloria Macapagal Arroyo, e do primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, Amado assinalou que ainda é “incerta”.
Nas últimas semanas a imprensa brasileira ventilou a possibilidade de que Bush participe da reunião sobre biocombustíveis antes de juntar-se à cúpula da Apec que será realizada no próximo mês na caítal peruana Lima, mas nenhuma instância oficial confirmou essa possibilidade.
Amado ressaltou que “os biocombustíveis são a fonte alternativa de energia ‘mais limpa’ do mundo” e que por essa razão “o etanol deve ser discutido como uma nova alavanca para o desenvolvimento”. Ele acrescentou que o etanol “é a matriz energética mais barata que existe” e por isso seria uma alternativa para muitos países pobres.
? O Brasil não faz a conferência para exportar etanol, mas para exportar a idéia e nosso compromisso é compartilhar o que sabemos sobre biocombustíveis ? ressaltou.