Adiamento na votação do Código Florestal frustra produtores do RS

Nova previsão é que texto seja avaliado na próxima terça, dia 10Após passar o dia apreensivos com a provável votação no plenário da Câmara do novo Código Florestal, os produtores rurais do Rio Grande do Sul lamentaram o adiamento da definição para a próxima terça, dia 10. Representantes de entidades como Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag) e Federação da Agricultura no Estado (Farsul), manifestaram apreensão.

? Queríamos que o novo código tivesse sido votado, mas se o governo mantiver a isenção das reservas de até quatro módulos e a utilização das áreas consolidadas, acreditamos que será um avanço. Espero que a votação realmente aconteça na próxima semana ? afirmou o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira.

Entenda as principais mudanças propostas:

O presidente da Fetag, Elton Weber, que também estava em Brasília, disse que a entidade analisará, ainda nesta semana, quais são os principais entraves e entrará com preposições de emendas e destaques em relação às áreas de preservação permanentes e às áreas consolidadas.

? O governo não quer dar o acordo pelas áreas consolidadas, por isso o projeto não veio ao plenário. Lamentamos que não tenha havido avanços para esta votação ? acrescentou.

Além da mobilização em Brasília, produtores no interior do Estado estiveram reunidos até o início da noite dessa quarta, dia 4, na expectativa de uma solução para o impasse.

Para o diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, o principal problema ambiental brasileiro é fundiário.

No texto que fala sobre a dispensa de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais, é imprescindível que seja incluída a agricultura familiar, caso contrário, não faz o menor sentido.