? O objetivo da publicação é trazer um pouco de luz para uma questão estratégica para qualquer país: a geração e a distribuição de energia elétrica, com foco na utilização do bagaço no período de safra, mas que somente nos anos recentes tem conhecido algum desenvolvimento ? observa Bressan.
Para ele, há pouca participação desta fonte energética no total do país, em parte devido ao pouco prestígio junto aos profissionais do assunto e também à indecisão dos donos de unidades industriais, que teriam que redimensionar seus equipamentos e melhorar a eficiência no aproveitamento energético do ‘agrocombustível’, fato que permitiria a venda da energia excedente para terceiros, por meio da rede elétrica nacional.
A troca das caldeiras, turbinas e geradores por outros de maior capacidade, segundo o técnico, poderia aumentar a quantidade média de energia dos atuais 85,8 kilowatts para 188,2 kilowatts por tonelada de bagaço queimado.
? Como essa é uma fonte limpa e renovável, traria também inegáveis ganhos ambientais ao país ? avalia.
O estudo também projeta para os próximos dez anos o comportamento dos mercados do açúcar e do álcool etílico; estima a quantidade de cana-de-açúcar necessária para atender as demandas doméstica e internacional desses produtos e dimensiona a quantidade anual de bagaço que estará disponível para ser destinada à geração elétrica até o ano de 2020.
O enorme potencial de geração ainda inexplorado e o esperado crescimento das safras de cana nos próximos anos, com a consequente expansão na disponibilidade de bagaço, fazem com que a ‘agroeletricidade’ seja o mais novo e promissor produto do agronegócio brasileiro, acredita Bressan.