? O baixo crescimento do volume embarcado deve-se em parte a diminuição na rentabilidade dos exportadores. Enquanto os custos em reais estão aumentando, a taxa de câmbio segue muito valorizada, e devido à concorrência não há espaço para reajustes no exterior. Dessa forma, muitos empresários voltam-se apenas para o mercado interno. No Estado, entre 2007 e 2010, o número de empresas exportadoras caiu de 2,8 mil para 2,5 mil ? afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao avaliar a balança comercial nesta segunda, dia 9.
Em abril, os setores industriais que mais se destacaram positivamente foram Borracha e Plástico (26,1%), Máquinas e Equipamentos (25%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (22,1%), e Alimentos (16,4%). Já as piores performances se concentraram em Materiais Elétricos (-53,3%), Derivados de Petróleo (-53%), Fumo (-25,6%) e Têxteis (-9,1%).
O Rio Grande do Sul respondeu por 7,2% das vendas externas brasileiras e ocupou a quinta posição entre os Estados exportadores. São Paulo liderou o ranking (23% de participação), seguido por Minas Gerais (15,5%), Rio de Janeiro (10%) e Paraná (7,8%).
Os quatro principais destinos dos produtos gaúchos responderam por mais de 34% dos embarques e todos reduziram seus pedidos em abril, ante o mesmo período de 2010. O primeiro lugar foi ocupado pela China, que deixou de comprar 8,8%, seguida pela Argentina (-0,7%), Estados Unidos (-27%) e Holanda (-5%).
Nas importações, 96,1% das compras do Estado foram de produtos industrializados, que registraram um incremento de 47%, chegando a US$ 1,4 bilhão. Os pedidos de bens de consumo duráveis subiram 31,8%, seguidos por bens de capital (30,4%) e bens intermediários (27,6%).
Acumulado do ano
Quando o primeiro quadrimestre é avaliado, em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas externas do Rio Grande do Sul apresentam uma majoração de 29%, totalizando US$ 5,2 bilhões. O setor industrial respondeu por 84% dos embarques e registrou um aumento de 20,3%.
Entre os destaques dos quatro primeiros meses de 2011 está o setor de Alimentos, que vendeu US$ 1,4 bilhão, ou seja, uma elevação de 37%. As vendas se concentraram em óleo de soja para Vietnã e Coreia do Sul; carne de frango para Arábia Saudita e Emirados Árabes; e carnes de suínos para a Rússia e Argentina.
O segmento de Químicos acelerou 26,1%, somando US$ 695 milhões. Os envios foram de polímeros para Bélgica, Argentina e Chile. Já o setor de Máquinas e Equipamentos viu seus embarques crescerem 55,2% (US$ 419 milhões), a maioria de colheitadeiras e tratores para Argentina, México e Paraguai.