IBGE estima safra recorde de 158,7 milhões de toneladas de grãos para este ano

Arros, milho e soja são as principais culturas e respondem por 82,5% da área a ser colhidaA produção de grãos no país este ano deverá ser 6% maior do que a safra de 2010, conforme estimativa divulgada nessa terça, dia 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta uma safra de 158,7 milhões de toneladas, ante a safra recorde obtida em 2010, de 149,7 milhões de toneladas.

Na estimativa de abril, a área a ser colhida em 2011 ? 48,6 milhões de hectares ? registra acréscimo de 4,3% em relação à de abril do ano passado. As três principais culturas do país continuam sendo o arroz, o milho e a soja, que juntas respondem por 82,5% da área a ser colhida.

De acordo com o levantamento do quarto mês do ano, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas será maior na região Sul (66 milhões de toneladas), seguida pelo Centro-Oeste (57 milhões de toneladas), Sudeste (16,4 milhões de toneladas), Nordeste (15 milhões de toneladas) e Norte (4,3 milhões de toneladas). Ainda na comparação com abril de 2010, o Paraná mantém a liderança na produção nacional de grãos, com uma participação de 20,6%. Depois vem Mato Grosso, com 19,9%, e Rio Grande do Sul, com 17%.

Saiba mais sobre a última estimativa divulgada pelo IBGE

Dos 25 produtos analisados, 15 apresentaram variação positiva em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores altas foram registradas nas culturas do algodão herbáceo em caroço (69,5%), amendoim em casca primeira safra (7,8%), arroz em casca (18,4%), batata-inglesa primeira safra (13,3%), batata-inglesa segunda safra (13,4%) e cacau em amêndoa (4,4%).

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou nesta terça, 10, em Brasília, uma estimativa para a safra de grãos. Segundo a estatal, o Brasil deve colher 159,5 milhões de toneladas na safra 2010/2011. O levantamento indica que o recorde obtido na safra passada, de 149,2 milhões de toneladas, deve ser superado em 6,9%.

A diferença entre os dados divulgados pelo IBGE e pela Conab se deve aos períodos avaliados. O Instituto analisa a colheita de janeiro a dezembro, enquanto a Conab se baseia no ano-safra, que vai de agosto a julho.