Mercado brasileiro de grãos não-transgênicos projeta crescimento na oferta

Assunto foi debatido durante encontro da Abrange em São PauloO mercado de grãos e derivados não-transgênicos projeta crescimento na oferta. O assunto foi debatido em São Paulo, durante um encontro da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange). O evento reúne especialistas, indústrias e representantes do governo.

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de grãos não-transgênicos. Exportou em 2010 cerca de 5 milhões de toneladas de soja livre de transgênicos, 18% do volume total embarcado. Mas, se comparado ao mercado de grãos modificados, os números são inexpressivos.

A cultura de soja transgênica, por exemplo, corresponde a 75% da área plantada na safra 2010/2011. Alimentos transgênicos têm maior resistência às pragas e necessitam de menos herbicidas, o que diminui os custos de produção.

Mesmo assim, para o diretor executivo da Abrange, Ricardo de Souza, o setor tem demanda mundial garantida. Alguns mercados, como Europa e Ásia, exigem certificação e isso gera oportunidades para o Brasil. Ricardo acredita que o pagamento de prêmios agregaria mais valor ao produto.

Já o senador Blairo Maggi (PR/MT) defende que é preciso investir em pesquisa. Segundo ele, somente assim o Brasil vai produzir e até vender o produto não-transgênico.