? O Congresso está lá para discutir a matéria e não faz por causa de manobras de líderes ? disse Rui Prado, referindo-se aos deputados Cândido Vacarezza, líder do governo, e Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara dos Deputados.
Vacarezza e Teixeira pediram em Plenário o adiamento da votação. Mesmo elogiando o trabalho de Rebelo, o líder do governo alegou que, como estava, o texto seria votado “no escuro”. O líder do PT argumentou que o texto levado ao Plenário continha mudanças em relação ao acordado entre as lideranças.
Com protestos de deputados da oposição e ligados ao setor agropecuário, estabeleceu-se o impasse. Um dos principais pontos de divergência é o que estabelece a consolidação por decreto das culturas em Áreas de Preservação Permanente (APP). O presidente da Famato, Rui Prado, é crítico da ideia.
? Como o Congresso discute se é ou não capaz de legislar? Se for desse jeito, para que Congresso? Isso é um absurdo. É o supra-sumo do ridículo ? protestou Prado, em entrevista por telefone ao Canal Rural.
Votação
Rui Prado afirmou ainda que não acredita na votação do projeto na semana que vem. Segundo ele, está prevista uma viagem do presidente da Câmara, Marco Maia, ao Exterior, o que enfraqueceria o debate.
O presidente da Famato também reforça o coro dos que não acreditam que o novo Código Florestal entre em vigor antes de 11 de junho, quando passa a vigorar o decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais. Segundo lideranças do setor, 90% da produção agrícola estaria comprometida caso a regulamentação vigore.
? O dia 11 de junho está aí. O que vai ter de acontecer é o governo prorrogar esse decreto para o agronegócio continuar andando no país ? avaliou Rui Prado.