De acordo com a secretária do Meio Ambiente da Contag, Rosicleia dos Santos, a confederação está satisfeita com parte da proposta do novo código.
? Segundo o relatório que nós tivemos acesso, ele contempla 16 dos 18 pontos que a Contag vem trabalhando e vem negociando, inclusive com o governo ? disse Rosicleia dos Santos.
Um dos pontos não atendidos é a dispensa de recuperação da reserva legal apenas para agricultores familiares. O projeto estende o benefício a todas as propriedades com até quatro módulos fiscais, o que é criticado por entidades ligadas aos pequenos produtores.
? Ele acaba incorporando milhares de pequenas proprietários, que só tem nome de pequenos proprietários, e que usam as terras ou para especulação ou para degradação ? afirmou Francisco de Lucena, membro da coordenadoria nacional da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf).
Para o coordenador da frente parlamentar, deputado Assis do Couto, houve muitos avanços no texto apresentado pelo deputado Aldo Rebelo, na última quarta-feira, dia 11. Ele acredita que as questões não contempladas pelo projeto podem ser resolvidas durante as negociações do Grito da Terra.
? Nós estamos muito confiantes de que o governo está firme na negociação e que ajudará para que a agricultura familiar esteja mais posicionada. Inclusive, com o Grito da Terra esta semana em negociação com a presidente Dilma, creio que as coisas estão começando a andar bem melhor que há algumas semanas ? disse Assis do Couto.
Para Paulo Adario, do Greenpeace, existe um caminho no meio onde se pode encontrar um acordo que vai ser bom para a agricultura brasileira, para o meio ambiente, para o país e para o produtor.