O trigo se desenvolve bem em Rolândia, norte do Paraná, e compõe o cenário do campo da região. O agricultor Álvaro Pereira de Souza adquiriu sua propriedade há pouco tempo e nela tem apenas 5% de floresta. Ele acredita que o Estado conhece a realidade do setor e vai adotar um programa de regularização ambiental que permita a continuidade da lavoura na mesma área.
? Eu tenho uma área de 270 hectares. Se fosse aprovado os 20% eu ia perder 40 hectares onde teria que plantar mata. Esses 40 hectares estão produzindo trigo, soja e milho. Isso é bom para mim, para a nação e para o povo brasileiro. Eu acho que deixar para o Estado resolver essa questão é muito importante ? afirma Souza.
A aprovação em definitivo das alterações que passaram pela Câmara Federal pode beneficiar 304 mil, das 380 mil propriedades rurais paranaenses.
O Paraná está entre os biomas que devem ter 20% de mata como Reserva Legal nas propriedades rurais. A região de Rolândia é de Mata Atlântica, mas, como o Estado tem cerca de 80% das áreas em produção classificadas como pequenas e médias, os agricultores acreditam que vai valer a isenção baseada no cálculo dos módulos fiscais. Quatro módulos no Paraná representam até 72 hectares.
Os produtores sabem que existe um longo caminho a percorrer até que o Código seja publicado como lei. Eles continuam reforçando os argumentos em favor da agropecuária, especialmente em relação à emenda 164.
? Inúmeros biomas, até dentro dos biomas existem sub-biomas, situações extremamente diversas. No Estado do Paraná nós temos clima temperado a tropical, Serra do Mar, no oeste é completamente diferente, tem o arenito. Cada situação dessas exige muito mais bom senso e muito mais conhecimento, mais aplicação de tecnologias para resolver questões localizadas. Então é o ideal que os Estados possam fazer isso ? opina Luiz Fernando Kalinovski, vice-presidente do Sindicato Rural de Londrina.
Você está satisfeito com o texto aprovado pela Câmara dos Deputados?