Pouco depois da votação do Código na Câmara, o deputado Sarney Filho (PV-MA), disparou.
? Além das dificuldades internas, nós vamos ter dificuldades externas, até mesmo para exportar grãos, para exportar carne ? disse Sarney Filho.
Representantes e empresários reagiram. O presidente da União Brasileira de Avicultura, Francisco Turra, considerou a avaliação leviana. Ele retornou esta semana dos Estados Unidos e afirmou que a reforma do Código Florestal tem recebido boa avaliação.
? A reação foi positiva no sentido de dizer que o Brasil tem cuidados, o Brasil fez o razoável. Eles veem que o Brasil está preocupado em não deixar a continuidade dos desmatamentos mas, ao contrário, preservar as margens de rios, ter cuidados com aspectos importantes que estamos tendo no próprio relatório aprovado pela Câmara ? afirmou Turra.
O presidente da ETH Bioenergia, José Carlos Grubisich concorda. O empresário lembra que, quando foram estabelecidas as normas para o cultivo da cana-de-açúcar no país, a repercussão foi positiva. E com o Código Florestal, não vai ser diferente.
? Eu acho que é um sinal de maturidade, vai melhorar a imagem do Brasil, não piorar. Acho que o importante é debater, o importante é decidir e mesmo que a gente não tenha conseguido, talvez, o ótimo – o que os ambientalistas estavam buscando – acho que a gente tem um código que representa o consenso político de um país democrático ? observou José Carlos.
O presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli, avalia que prejudicial para o Brasil é não ter uma legislação que elimine a insegurança no campo.
? Pode não ser o melhor Código do mundo, mas já é um grande começo. Ele realmente vai dar uma base sólida para o nosso exportador, para o nosso produtor rural. O Código vem para ajudar nesse processo e certamente todo e qualquer consumidor do Exterior vai reconhecer isso ? falou Lovatelli.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, o novo Código Florestal não deve prejudicar as vendas dos produtos brasileiros no Exterior. Para ele, os compradores sabem agora que existem regras no Brasil.