Por ser formado predominantemente (66,8%) de rochas sedimentares, originadas a partir da alteração, erosão e deposição de qualquer outro tipo de rocha, as camadas abaixo do solo também têm potencial para a exploração de combustíveis fósseis, como petróleo e gás.
De acordo com o estudo Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal, divulgado nesta quarta, dia 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “há boas perspectivas de acumulação dessas substâncias nas rochas sedimentares das bacias costeiras do Maranhão, Pará e Amapá, além de reservas de gás natural no município de Capinzal do Norte (MA)”.
Ainda nas áreas de rochas sedimentares, o documento indica que há possibilidade de serem encontradas jazidas de calcário, utilizáveis tanto na agricultura quanto na produção de cimento; sal-gema e gipsita, fontes de gesso para a medicina e a construção civil; e anidrita, fonte de sulfato e cálcio. Apesar de ter menor potencial metálico, minerais desse tipo e pedras preciosas podem ser encontrados na região. Depósitos de ouro, cassiterita e diamante também são comuns.
O estudo revela ainda que na região da Amazônia Central, que se estende do sudeste do Pará ao norte de Roraima e ao noroeste do Amazonas, estão concentradas as rochas ígneas, provenientes da consolidação do magma – massa rochosa do interior da terra em estado de fusão ?, com tendência à formação de jazidas de metais nobres, como o ouro, e de minerais industriais, como a cassiterita. Somente o Pará abriga 51,9% das rochas ígneas da Amazônia Legal, seguido pelo Mato Grosso (14,2%).
É também no Pará que ocorrem as maiores concentrações (37,3%) de outro tipo de rocha, as chamadas metamórficas, que têm potencial como fonte de ouro primário. Elas são propícias ainda à formação de jazidas minerais de uso industrial, como ferro e manganês, e de sulfetos de cobre, chumbo e zinco. São também fontes de material para construção civil, como brita e rochas ornamentais.