Conforme o Sindicato da Indústria do Mate no Rio Grande do Sul (Sindimate/RS), o produto teve aumento entre 10% a 20% ? o reajuste varia de acordo com a região e as marcas.
Na casa de Antônio Pereira dos Santos, em Santa Cruz do Sul (RS), o chimarrão é tomado todas as manhãs. E a alta no preço já foi sentida. Quando vai ao supermercado, o aposentado paga cerca de R$ 5 pelo quilo da erva-mate.
? Isso é um preço exorbitante, está fora do alcance de muitas pessoas que têm esse bom costume de tomar o seu mate ? reclama Santos.
Segundo o Sindimate, o reajuste é resultado da restrição a créditos tributários e, principalmente, do aumento de custos na produção, como combustível e mão de obra.
? Atualmente, o custo da mão de obra para o produtor chega a 40% do preço final da erva recebida na indústria. Mas se formos comparar com outras bebidas, o chimarrão ainda tem preço muito abaixo ? pondera o presidente do Sindimate, Alfeu Strapasson.
Apesar do aumento do valor nas prateleiras, no campo, muitos agricultores estão frustrados com o preço pago pelo produto. João Pedro Lenz, de Venâncio Aires (RS), afirma que recebe atualmente da indústria igual valor do ano passado ? R$ 4,15 por arroba, que equivale a 15 quilos.
? A gente só não deixa o erval porque uma pequena esperança sempre resta de um dia melhorar, mas o produtor está bem desestimulado.