? O cenário que foi mostrado pela BRF é extremamente danoso ao consumidor e torna a aprovação impossível. As duas empresas respondem por mais de 50% do mercado de processados. Chegando a 90% em outros. Concorrentes não chegam à fatia de 10% desse mercado. Apenas a Perdigão tem real concorrência com Sadia e apenas a Sadia tem real concorrência com Perdigão. As propostas das companhias não chegavam nem perto de solucionar problemas da operação ? completou.
Ragazzo também disse que a fusão pode gerar preços elevados, pode contribuir para o aumento da inflação e comprometer a renda do cidadão.
? Não se pode dizer que os itens comercializados são artigos de luxo. É provimento e comida. São usados pela classe C e D, que estão sendo prejudicadas pela falta de concorrência desse mercado ? disse, ressaltando que o aumento das exportações pode ser feito por cada empresa individualmente.
Apesar de afirmar que está prestes a seguir o voto do relator, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu prazo para avaliar o processo.
? O relator apresentou completa exaustão do tema, apreciou todos os temas. A instrução está completa. Preciso, no entanto, de mais tempo para ler o processo ? considerou, acrescentando que o documento possui 500 páginas e que este foi o primeiro contato com o voto.
Ele pediu o prazo de até o dia 15, quando será realizada a próxima sessão para se pronunciar. Para ele, a proposta de remédio feito pelas empresas é minimamente inapropriada ou inadequada. Além de ser inadequado em termos de conceito, também apresentou uma escala “modestíssima”, na visão de Ruiz.
? Seria uma formação, uma coordenação de cartel ? salientou.
Os conselheiros Alessandro Octaviani, Olavo Chinaglia e Marcos Veríssimo afirmaram que vão aguardar o prazo para se pronunciarem.