Congresso Internacional da Carne aponta caminhos para o país valorizar produção

Marketing do produto nacional e seus desafios foram temas de debatesEm época de embargo russo à carne brasileira, o marketing do produto nacional e seus desafios aqueceu os debates do Congresso Internacional da Carne, encerrado nessa quinta, dia 9, em Mato Grosso do Sul. E o dever de casa deve começar a ser feito pelo segmento e governo federal.

Esse foi o recado dado pelo representante da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio. Para o dirigente, o Brasil enfrenta sérios problemas com o preconceito gerado pela formação de estereótipos.

? O Brasil chegou ao topo do mercado de carnes e outros países quiseram saber como fizemos isso. Para nos desestabilizar, começaram a vender a ideia de que nossa pecuária está destruindo a Amazônia ? explica.

Esses boatos criam preconceitos que, diz Sampaio, afetam a imagem brasileira de produtor de qualidade.

? Querem nos impor como e onde devemos produzir e vamos contestar com os dados e estudos científicos que temos. O Brasil pode sim fornecer para todo o mundo e de maneira sustentável ? completa.

No ano passado, a receita cambial com vendas externas de carne bovina brasileira somou US$ 4,795 bilhões, com a negociação de 1,864 milhão de toneladas, conforme balanço da Abiec.

Para o presidente do Conselho de Pesquisa da carne da América do Norte, John Cox, o marketing também tem o objetivo de derrubar mitos como os que colocam a carne vermelha como prejudicial à saúde. O especialista reforçou ser necessário que as campanhas de promoção sejam centradas na sua importância para a nutrição humana, ao apresentar peças publicitárias, usadas para divulgação da carne australiana, que destacam qualidades do produto que tocam o emocional do consumidor, como sabor e textura.