Cresce a procura pela fertilização in vitro de bovinos

Laboratórios se modernizam para atender às necessidades dos criadoresO Brasil é hoje referência na produção de genética em laboratório. A tecnologia da fecundação in vitro (FIV) vem melhorando índices e conta com técnicas para atender às necessidades do pecuarista moderno. A escolha cada vez mais acertada entre macho e fêmea por meio da sexagem de sêmen agora pode usar material genético de animais que já morreram.

A matriz Bilara 11 é um exemplo da multiplicação genética através da FIV. São oito anos passando pelo processo com bons resultados. O último embrião foi vendido por R$ 330 mil. A tecnologia avança em território concorrido e que precisa acelerar o melhoramento genético.

O veterinário Patrick Villa Nova é referência no Triângulo Mineiro em aspiração dos oócilos, matéria-prima de futuros acasalamentos. Essa tecnologia de ponta passou nos últimos anos de 100 para 300 vacas por mês, o que representa 1,5 mil prenhezes nas mãos do especialista.

A fecundação in vitro está ficando popular saindo do topo da pirâmide. Nos últimos cinco anos, a produção passou de 60 mil para 200 mil embriões transferidos por ano. Isso representa mais da metade do que é produzido no mundo, sendo 90% em laboratório.

Entre microscópios e estufas, os acasalamentos pré-determinados saem do laboratório para o pasto com rapidez e volume que só a fecundação in vitro pode tornar realidade. É possível tirar de uma só doadora até 50 crias por ano. 

A técnica de sexagem de sêmen é aliada da FIV ? quando o pecuarista escolhe se quer macho ou fêmea. A última palavra nesta tecnologia é o sêmen revertido, que pode aproveitar material de touros que já morreram.

O veterinário Julio Moura explica que a escolha entre macho e fêmea é uma questão de mercado no retorno do investimento. A tecnologia faz a diferença na pecuária nacional.